Uma situação que acompanha o desenvolvimento do projeto informacional do site, é questionar se vale a pena criar subcategorias no WordPress.
Tanto as categorias, quanto as subcategorias, nascem da necessidade de organizar dados que se tornam recorrentes e baseados em assuntos que ganham força no website. Vejamos como isso funciona na prática, a partir de um exemplo sobre subcategorias do WordPress, apresentado logo a seguir.
Suponha que um website sobre treinamento em sistemas operacionais publica posts recorrentes sobre o assunto. Em todo o site, 90% dos posts são sobre o “Microsoft Windows”. Ainda assim, há uma categoria já “meio esquecida” chamada “Outros”.
Vez por outra, são publicados posts sobre assuntos relacionados aos sistemas operacionais “Mac” e “Linux”, sempre associados a categoria “Outros”. Já as palavras-chave “Mac” e “Linux” são tratadas como tags, em um nível mais específico.
De repente, pelas análises estatísticas do seu website, nota-se que falar sobre “Mac” e “Linux” aumenta substancialmente a quantidade de visitas no blog, algo que poderia sinalizar um interesse do público por informações sobre outros sistemas operacionais, que não apenas o Microsoft Windows.
O proprietário do site decide testar se as suspeitas se confirmam e publica o dobro de posts sobre “Mac” e “Linux” semanalmente. A estratégia continua por algumas semanas e ao final de 3 meses, as estatísticas provam que a abordagem estava correta.
O volume de acessos no site realmente aumenta quando são publicados posts sobre outros sistemas operacionais, além do “Microsoft Windows”, indicando um interesse dos leitores por outros assuntos que estavam sendo publicados com menor frequência.
Neste cenário, aqueles posts que andavam meio esquecidos, desconsiderados, represados na categoria “Outros”, tornaram “valiosos” e foram relevantes para o ecossistema informacional do website.
Numa análise informacional, inicialmente definiu-se:
- Microsoft Windows (Categoria).
- Outros [Sistemas Operacionais] (Categoria).
Ou seja, “Mac” e “Linux” eram simplesmente “tags” utilizadas para marcar os posts que esporadicamente eram publicados na categoria “Outros”.
Entretanto, na situação hipotética do exemplo, os posts sobre esses assuntos passaram a ganhar relevância e um novo cenário surgiu.
Novamente, numa análise informacional, duas novas situações poderiam ser consideradas:
Situação 1:
- Microsoft Windows (Categoria).
- Outros [Sistemas Operacionais] (Categoria).
- Mac (Subcategoria).
- Linux (Subcategoria).
Situação 2:
- Microsoft Windows (Categoria).
- Mac (Categoria).
- Linux (Categoria).
Na “Situação 1”, as palavras-chave “Mac” e “Linux” deixaram de ser apenas “tags” e passaram à condição de “subcategorias”. Se a importância desses termos, evoluir no blog, é possível ascendê-los ainda mais, levando-os à condição de “categorias”, como demonstrado na “Situação 2”, exemplificando uma estratégia ainda mais ousada.
Quando categorias e tags são alteradas, é preciso considerar que o conteúdo existente poderá estar indexado por buscadores como Google, Bing e outros. Assim, quando algo “sai do lugar”, corre-se o risco de ter problemas relacionados ao “erro 404”.
O “erro 404” basicamente informa ao visitante do website que algo não está mais lá, ou seja, foi movido. Essa situação é muito ruim, tanto do ponto de vista da usabilidade, quanto do ponto de vista de SEO.
Por exemplo, considere a situação anterior para a palavra-chave “Mac”.
- Tag: “Mac”.
- URL: https://endereco-site.com.br/tag/mac/.
Ao se transformar em uma categoria:
- Categoria: “Mac”.
- URL: https://endereco-site.com.br/category/mac/.
Ou seja, a página da tag “Mac”, simplesmente deixa de existir. Nesse caso, ela torna-se a página da categoria “Mac”. O que significa que o conteúdo indexado anteriormente pelo buscador, e que se encontrava na página da tag “Mac”, não vai mais estar lá.
Suponha que um usuário encontre essa página através de uma busca no Google. Ao entrar no site, receberá no seu navegador um “erro 404” vindo do WordPress, informando que o conteúdo não foi encontrado. Isso ocorre, porque ele buscou por uma página com o parâmetro final “tag/mac/”, mas que agora, transformou-se em “category/mac/”.
Há diversas formas de contornar essas situações instalando recursos adicionais no WordPress, capazes de gerar redirecionamentos automáticos para o novo conteúdo. Um delas, é partir da adição de plugins ou configurações específicas para contornar situações em que um conteúdo foi apagado ou movido.
Discuto esse assunto de maneira detalhada no livro WordPress de Junior a .PRO.
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A criação de subcategorias não é obrigatória e é algo que poderá ser testado, verificando se existe aceitabilidade de novos formatos por parte dos usuários do site.
O ideal é iniciar gradualmente e verificar se a inserção de uma “subcategoria” em um menu reduz ou amplia o acesso à “categoria-pai”.
Por exemplo, é possível que “fugas” do site comecem a ocorrer, ou, ao contrário, pode ser que uma nova “opção” aumente o interesse de leitura pelo conteúdo associado, ou ainda demonstrar-se simplesmente inútil e sem efeito prático, não fazendo nenhuma diferença.
Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente. Os testes são uma ótima estratégia para definir o que realmente funciona para o público do projeto.
Por exemplo, um autor pode considerar ter os assuntos mais específicos divididos na forma de tags. Outro pode assumir que uma abordagem criando subcategorias é uma opção mais interessante. Haverá casos, em que simplesmente definir categorias é suficiente.
De modo geral, as subcategorias são utilizadas para facilitar a navegação do usuário e ajudá-lo a encontrar o conteúdo do website com mais facilidade. Possivelmente, em websites pequenos, as subcategorias nem se façam necessárias.
Entretanto, em blogs maiores, talvez sejam uma opção interessante para facilitar a navegação em profundidade no conteúdo.
O uso de categorias é suficiente para grande parte dos casos e simplifica a administração do conteúdo e a otimização para mecanismos de buscas, embora existam casos onde a adoção de subcategorias se faça impreterível.
É muito importante ter um bom planejamento ao utilizar tags e categorias no WordPress, principalmente, em sites com abundância de conteúdo ou conteúdo diversificado. Mesmo em sites menores, uma boa distribuição das categorias e tags pode fazer toda a diferença nos resultados de SEO (Search Engine Optimization – Otimização para Mecanismos de Buscas) do projeto.
Se você quiser saber mais sobre o assunto a aprofundar o seu conhecimento em tags, categorias e SEO para WordPress, poderá conferir o meu livro WordPress de Junior a .PRO, uma obra de referência em língua portuguesa para aqueles que desejam virar PROs!
[1] Gerenciador de Arquivos do Mac.
[2] Versão do Sistema Operacional Linux.